

Eu vou lhe deixar a medida do Bonfim
Não me valeu
Mas fico com o disco do Pixinguinha, sim

O resto é seu
Trocando em miúdos, pode guardar

As sobras de tudo que chamam lar
As sombras de tudo que fomos nós

As marcas de amor nos nossos lençóis

Aquela esperança de tudo se ajeitar
Pode esquecer
Aquela aliança, você pode empenhar

Ou derreter
Mas devo dizer que não vou lhe dar

O enorme prazer de me ver chorar
Nem vou lhe cobrar pelo seu estrago
Meu peito tão dilacerado

Aliás
Aceite uma ajuda do seu futuro amor
Pro aluguel


Devolva o Neruda que você me tomou
E nunca leu

Eu bato o portão sem fazer alarde
Eu levo a carteira de identidade

Uma saideira, muita saudade
E a leve impressão de que já vou tarde

2 comentários:
Miss,
Linda forma de começar um blog!
Abraços e obrigado pela visita.
Que lindo,May!
Parabéns!E,se for um drama pessoal,vai passar!!!
bjus
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